Para começar essa conversa, você precisa saber que empresas que investem e se destacam em design tem receita 32% maior do que aquelas que não priorizam o design, segundo provado em estudo realizado pela McKinsey com 300 organizações ao redor do mundo e publicado no MDI (McKinsey Design Index).
Dito isso, já é pressuposto o valor que design e comunicação agregam aos negócios. Então, vamos investir nosso tempo de leitura focando no que vem depois, para onde caminhamos?
O design sensorial é bastante conhecido na arquitetura, em projetos que exploram os sentidos humanos para estimular sensações de bem-estar no ambiente, valorizando aspectos que vão além do visual, como aromas, temperatura e texturas. Contudo, essa modalidade está chegando para mudar o impacto da nossa experiência com uma marca.
Um ótimo exemplo disso é quando fazemos uma encomenda e a embalagem é montada pensando no consumidor, ou seja, a caixa é decorada e vem com mensagens de agradecimento pela compra e, por vezes, algum presente ou perfume.
É comum ver pessoas nas redes sociais, na grande maioria influenciadores, abrindo embalagens e mostrando todo o cuidado que a empresa teve ao entregar o produto e, principalmente, em fazer daquele momento algo único, atendendo às expectativas do cliente.
Mas como podemos aplicar o design sensorial na prestação de serviços jurídicos? Vamos falar sobre isso!
Entendendo sobre Design Sensorial
As ferramentas do design sensorial têm por objetivo desencadear uma reação em nossos sentidos – inconsciente ou consciente – para nos remeter a uma resposta intuitiva.
Toda empresa elabora estratégias e ações para que as pessoas criem associações rápidas entre símbolos da marca (cores, ícones, logo, frases…) e seus valores, diferenciação e propósito. Com os escritórios de advocacia não deve ser diferente.
Tudo à nossa volta é sensorial, inclusive o conteúdo que consumimos. Um design cheio de padrões pode causar tontura, palavras remetem a sabores, imagens evocam cheiros e sons estimulam o tato. Nosso cérebro interpreta de diferentes formas os sinais enviados ao nosso sistema sensorial, o que pode acabar resultando em uma confusão neurológica conhecida como sinestesia. (Você já sentiu um perfume com o cheiro doce?)
Há algum tempo uma sigla ficou conhecida no mundo da internet: ASMR. Muito populares, os vídeos de Autonomous Sensory Meridian Response (ASMR) estimulam uma resposta autônoma do meridiano sensorial, gerando sensações prazerosas relacionadas à formigamento no couro cabeludo e até arrepios.
No mundo corporativo, o design sensorial também está presente na criação de uma identidade visual, no conceito de um evento ou até mesmo em postagens nas mídias sociais, pois é por meio dele que o marketing consegue se posicionar como um gerador de experiências – e esse é o papel que a área deve, de fato, ocupar.
Os eventos mais inovadores do nicho jurídico, como AB2L Experience e Future Law Experience, mostram sua proposta desde o nome: proporcionar experiências. Afinal, esse é o caminho mais rápido para ser lembrado e para fixar as associações rápidas, gerando valor de marca.
Isso é um aspecto ainda mais valoroso se considerarmos que, no pós-pandemia, nosso cérebro está funcionando com uma capacidade reduzida de processamento. De acordo com estudo da Gartner, os trabalhadores estão com uma capacidade de lidar com mudanças 50% menor do que no pré-pandemia.
O Design Sensorial já é uma realidade no universo jurídico
Hoje em dia, muito se fala do legal design e, principalmente, do visual law, que é a forma como o design atua em documentos jurídicos para criar uma maior aproximação com seu interlocutor. E claro que essa técnica pode e deve se valer também da sensorialidade.
Além disso, o design sensorial faz parte tanto de ambientes físicos como digitais. No ambiente físico, as organizações podem explorar o conceito, por exemplo, em eventos (que já não bastam ter apenas um tema) e nos processos de onboarding, em que novos colaboradores são apresentados à empresa e recebem um kit de boas-vindas.
Na LSD, entregamos desde conteúdos de rotina a projetos especiais de negócios, criados sob a ótica do design sensorial. Qual sensação você quer causar no seu cliente?
Assim, se você ainda enxerga a comunicação como “backoffice” do seu escritório, volte duas casas.
O futuro é sentir
A próxima revolução tecnológica será sensorial. Você sabe e eu sei que isso é o que ainda pode nos chocar, muito mais do que voos comerciais para ver a Terra do espaço.
Vamos recapitular observando nossos imprescindíveis celulares. Você se lembra do modelo “tijolo” e olhe agora seu smartphone. Cada geração tecnológica de comunicação tem um foco de entrega: 2G e 3G estavam centradas na comunicação por meio de voz e texto; já a 4G implicou em uma mudança para o consumo massivo de dados; mais recente, a 5G está direcionada para Internet das Coisas (IoT) e sistemas de automação industrial. O que vem depois?
“Na era 6G, o mundo digital, físico e humano se fundirão perfeitamente para desencadear experiências extra-sensoriais. Os sistemas de conhecimento inteligente serão combinados com recursos de computação robustos para tornar os humanos infinitamente mais eficientes e redefinir como vivemos, trabalhamos e cuidamos do planeta.” Essa é a promessa divulgada pela Nokia, em artigo.
Os avanços são cada vez mais rápidos. Seu negócio está acompanhando a sociedade?