Em escala global, as lawtechs bateram um recorde de investimento no ano passado. Segundo artigo publicado pela Forbes, este setor apresentou um crescimento de 718% nos valores investidos, em comparação a 2016. No Brasil, a cena das lawtechs está em plena curva de maturação, o que já é observado com os recentes movimentos do mercado (Aurum, Doc9, Stefanini e Jota), e as soluções fornecidas por este setor devem se tornar mais robustas a partir deste ano.
As lawtechs buscam atender as demandas já conhecidas pelos advogados: aumentar a produtividade, reduzir os custos e posicionar a área jurídica estrategicamente. No entanto, para atingir esses resultados é fundamental contar com as ferramentas certas para o seu negócio.
COMO ESCOLHER A TECNOLOGIA JURÍDICA MAIS ADEQUADA?
Quando fundada, em 2017, a Associação Brasileira de Lawtech e Legaltechs (AB2L) contava com cerca de 50 associados. Hoje, são 200. Em meio ao boom dos softwares jurídicos é preciso estudar bastante antes de decidir qual tecnologia adotar.
Um guia produzido pela LawGeex, ressalta pontos importantes para avaliar na hora de escolher qual ferramenta adquirir:
1 – Priorize suas necessidades mais importantes
As tecnologias jurídicas disponíveis podem ser adotadas em diversas funções, mas aplicar vários processos simultâneamente pode não representar um melhor resultado. O importante é priorizar a função de maior relevância para o departamento ou escritório, aquela que pode gerar uma produtividade mais significativa e com menor custo se for automatizada. É preciso ter clareza sobre essa prioridade para entender que tipo de lawtech pode viabilizar uma rotina mais organizada para a organização.
2 – Conheça a fundo o processo a ser automatizado
Para a contratação da tecnologia mais adequada também é preciso ter pleno conhecimento da dinâmica em vigor. Esse trabalho não deve ser feito de forma isolada, o ideal é contar com a participação dos colaboradores envolvidos diretamente nas funções que serão impactadas com a implementação de uma nova ferramenta. Assim, o diagnóstico de funcionamento dos processos será mais completo.
É importante contar com as sugestões de sua equipe, elas são valiosas para entender as necessidades do dia a dia que podem ser supridas com o auxílio dos softwares jurídicos.
3 – Garanta uma ferramenta prática e segura
Um volume muito grande de informações e de conexões entre sistemas exige uma preocupação ainda maior com a proteção de dados. Ao mesmo tempo, a possibilidade de acesso remoto às informações é importante .
Sob este aspecto, a escolha de uma lawtech deve incluir dois critérios valiosos:
– Um sistema de controle de acesso: apenas pessoas autorizadas entram no sistema, e somente perante um esquema de identificação do usuário. Ainda assim, é importante que os usuários tenham permissões específicas sobre o que podem ou não ter acesso.
– Armazenamento na nuvem: o armazenamento de dados na nuvem tem benefícios consideráveis. Basta uma boa conexão de internet para que os documentos possam ser acessados de qualquer lugar em qualquer dispositivo. E se o software for responsivo, com boa adaptação aos diferentes tipos de tela, essa experiência fica melhor ainda.
Além disso, é interessante que o dispositivo de legaltech ofereça backups automáticos diários e mecanismos criptografados.
4 – Estabeleça metas e requisitos
A adoção de uma lawtech precisa ser guiada por metas que comprovem a sua eficiência e adaptação ao cotidiano do departamento. O alcance dessas metas servirá como incentivo para que outras funções sejam automatizadas.
O planejamento da aquisição de tecnologia jurídica deve considerar, também, a capacidade da ferramenta em suportar futuras integrações e expansão de suas funcionalidades. A lawtech deve proporcionar meios para execução do desenvolvimento de um trabalho estratégico.
REFORCE A COMUNICAÇÃO E TREINE SUA EQUIPE JURÍDICA
Manter a equipe focada e motivada no processo de automatização das funções é uma das dicas mais importantes para que a adoção da tecnologia jurídica seja bem-sucedida. Nesse sentido, é um diferencial contar com a criação de uma comunicação sólida, que deixe claro os objetivos da organização com a implementação da ferramenta.
Esse processo de engajamento também requer a realização de treinamentos e a distribuição de materiais sobre regras e procedimentos para uso da nova lawtech. As novidades precisam ser passadas de forma gradual para que todos os colaboradores compreendam e sintam-se parte da mudança.
Definir qual é a tecnologia mais adequada para o seu negócio e é o primeiro passo para a construção de uma solução jurídica que coloque sua empresa ou escritório em um melhor cenário. Quer saber mais sobre o mundo das lawtechs? Quer criar um plano de inovação para sua organização? Entre em contato com o nosso Studio!