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Como os escritórios de advocacia podem ter um marketing mais inclusivo

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Por Carolina Mata

A produção de conteúdos, ações e vídeos para as redes sociais está cada vez mais consumindo a atenção das pessoas e a luta para ter uma estratégia e agradar os usuários, no meio de tantas informações, anda bem difícil. 

Mas não podemos esquecer que há uma parcela da população que não consegue ter acesso a boa parte desse conteúdo gerado em massa por diversos perfis. Isso ocorre porque simplesmente as informações não são adaptadas para todos, deixando fora do alcance para indivíduos que possuem algum tipo de deficiência.

Além da inclusão de pessoas com deficiência, é necessário abordar a inserção de pessoas negras e da comunidade LGBTQIA+, a fim de abrir espaço para que esses públicos sejam ouvidos. 

Vamos debater sobre esse tema? E que tal analisá-lo por meio de uma perspectiva do marketing jurídico? 

OS NÚMEROS FALAM POR SI SÓ…

Tratar de marketing inclusivo é uma questão a ser trabalhada por empresas e escritórios, afinal o termo diversidade e inclusão não foi criado à toa e merece um lugar de importância nas pautas internas da organização.

Segundo relatório do IBGE, em 2019, o Brasil possuía 17,2 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 8,4% da população. E são consideradas deficiências:

  • física (membros inferiores), 7,8 milhões de pessoas;
  • física (membros superiores), 5,4 milhões de pessoas;
  • visual, com 7 milhões de pessoas;
  • mais de uma deficiência, 5,3 milhões de pessoas;
  • auditiva, 2,5 milhões de pessoas;
  • mental, 2,3 milhões de pessoas.

No Brasil, segundo o Estudo Box 1824, cerca de 18 milhões de pessoas se identificam como LGBTQIA+ e metade do grupo se diz disposto a priorizar uma marca que defende a causa. 

Já a pesquisa feita pelo Grupo Chroma revela que 68% da população negra entrevistada não se sente representada pelas marcas no geral e 69% acredita que as marcas tratam o Dia da Consciência Negra de forma vazia e oportunista. 

Outro público que passa por dificuldades no quesito de representatividade é a parcela indígena, que de acordo com o último censo do IBGE, de 2010, representava quase 900 mil em todo o Brasil. Ainda, é muito raro ver conteúdos gerados por (e para) indígenas na internet e marcas dando visibilidade ao povo.

COMO OS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA PODEM PROMOVER A D&I NO ONLINE?

A representação não está limitada às datas comemorativas, quando falamos em marketing inclusivo e diverso não estamos falando na produção de posts ou artigos celebrando e depois simplesmente esquecer sobre o assunto. 

É necessário ter uma pauta interna para debater e trabalhar as questões. O lema é: eu faço o que eu falo!

Mas como fazer isso?

Em sites:

Você deve optar por uma plataforma que possua funcionalidades que promovam a acessibilidade. Por exemplo, o site abaixo que informa “acessível em libras”. 

É possível adicionar uma ferramenta chamada HandTalk, que é utilizada em diversos sites grandes, como o da Samsung. Como funciona? O Hugo, personagem em 3D criado para gesticular em Libras, fica no canto direito da tela. Assim, basta selecionar o texto desejado e ele irá traduzir visualmente para a Linguagem Brasileira de Libras.

Outras dicas para tornar o seu site acessível para pessoas com PCD:

  • fazer descrições alternativas nas imagens é um outro ponto importante, pois os leitores de tela podem identificá-las e descrevê-las para os usuários cegos;
  • utilizar texto sublinhado, em negrito ou itálico, ajuda pessoas com daltonismo que têm problemas em reconhecer trechos destacados com cores;
  • deixar o texto simplificado facilita a leitura de pessoas com dislexia;
  • elaborar no seu site uma área de clique maiores nos botões, isso fará com que usuários que não têm precisão nos cliques consigam acessar conteúdos específicos. 

Pontos importantes que também merecem destaque: revisar e atualizar os discursos e ações constantemente; alinhar a comunicação interna e externa; monitorar para impedir a propagação de falas intolerantes e preconceituosas.

Em redes sociais:

Lembre-se que as postagens devem conter medidas de acessibilidade como inserção de texto alternativo, hashtags, além de elementos que representam a diversidade dos públicos. 

Como já falamos, não devemos limitar o posicionamento apenas em datas comemorativas, a temática deve estar presente no conteúdo em geral, dando a oportunidade de trazer a visibilidade para mulheres, negros, público LGBTQIA+, indígenas e portadores de deficiência. 

Por exemplo, foi julgada uma lei sobre um determinado tema, traga alguém que conhece essa dor para comentar e discutir os principais pontos.

As mídias sociais possuem ferramentas que ajudam a adaptar o conteúdo produzido para alcançar várias pessoas, conheça esses recursos e comece a utilizá-los!

PENSE E REPENSE!

A criação de um Comitê de Diversidade e Inclusão para trazer ideias novas, reformular questões antigas e levantar problemas que precisam de soluções, é um ótimo passo a ser dado para inovar e promover a empatia no local de trabalho.

Além de um canal de comunicação para receber denúncias de comportamentos inadequados, como assédio, racismo e discriminação. 

Possuir uma equipe diversa, com pessoas de diferentes visões, experiências, culturas e perfis ajuda a promover a criatividade e inovação e facilita também a percepção heterogênea sobre diversos assuntos. 

Após ler este artigo, você diria que o seu local de trabalho pensa sobre as questões de diversidade e inclusão? Compartilhe o texto e ajude a mostrar a importância desse assunto tanto para a sociedade quanto para o meio jurídico!

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